As alergias ocorrem quando o sistema imunológico reage a substâncias chamadas alérgenos. Entre os mais comuns estão ácaros, pólen e pelos de animais, além de certos alimentos e medicamentos. Mas será que, para essa manifestação, há fatores de risco para alergia que podem ser identificados previamente?
No artigo de hoje, saiba mais sobre alguns dos principais desencadeadores dos quadros alérgicos. Acompanhe.
Hereditariedade é um dos principais fatores de risco para alergia
Conforme estudo, se um dos pais é alérgico, a criança corre um risco de 30 a 50% de herdar a tendência a ser alérgica. Já se ambos os pais têm alergias, seus filhos têm uma probabilidade de 60 a 70% de desenvolverem alergia.
É importante salientar que, embora a genética possa atuar como um dos fatores de risco para alergia, geralmente é o ambiente que protege contra o desenvolvimento da alergia ou aciona o processo de manifestação do quadro alérgico.
Por exemplo, ambientes com grande exposição a alérgenos e fatores irritantes como à fumaça de cigarro e à poluição são propícios para desencadear a manifestação da alergia nos pacientes que são geneticamente predispostos.
Fatores de risco para alergia associados a estilo de vida
Uma alimentação baseada em fast food, prática da automedicação, vivência em local sem ventilação ou sem incidência solar adequada e viver com menos contato com a natureza, por exemplo, são hábitos de estilo de vida que podem favorecer a manifestação das alergias.
Há, também, teorias que atrelam ao estilo de vida ocidental hipersanitizado um incremento nos riscos para alergia. Essa, que é conhecida como a “hipótese da higiene”, afirma que nosso estilo de vida, por vezes, excessivamente protegido e higienizado, em especial durante a infância, mantém nosso sistema imunológico confuso, o desequilibrando e incapacitando para distinguir elementos seguros dos não seguros. De modo que viver em ambientes campestres, em contato com a natureza, com bactérias boas para as floras da pele, das mucosas do intestino e do sistema respiratório, seria bom para proteger contra o desenvolvimento das doenças alérgicas, pois atua equilibrando nosso organismo.
Fatores de risco para alergia relacionados ao ambiente de trabalho
O contato frequente com determinados elementos no desenvolvimento das atividades laborais é um dos fatores de risco para alergia ocupacional. Os alérgenos presentes nos locais de trabalho podem incluir poeira de madeira, determinados produtos químicos, látex, tintas, metais, fumaça, trigo em padarias, entre outros.
Além desses, há outros fatores de risco para alergia, incluindo:
- Mães que fumam durante a gravidez apresentam maior probabilidade de aumentar o risco de alergias da criança. O fumo passivo também aumenta o risco de alergia em crianças e bebês, em especial as doenças respiratórias.
- Crianças com alergias alimentares têm até quatro vezes mais chances de manifestar outras condições alérgicas, incluindo asma. Ou seja, já ter doença alérgica já aumenta a chance de desenvolver outras.
- Há estudos que apontam que até 35% das crianças com alergia alimentar também têm dermatite atópica.
O que desencadeia uma reação alérgica?
Atrelado ao fato de você estar nos grupos de risco de alergia que vimos acima, os elementos a seguir podem desencadear uma reação alérgica. Portanto, o contato (sobretudo persistente e prolongado) com eles eleva os riscos de manifestação de sintomas de um quadro alérgico em organismos hipersensibilizados:
- Pólen.
- Ácaros.
- Pelos de animais.
- Mofo.
- Picadas de insetos.
- Medicamentos (principalmente antibióticos e anti-inflamatórios).
- Determinados produtos químicos domésticos.
- Metais (especialmente níquel, cobalto, cromo).
- Determinados alimentos (sobretudo leite, ovos, amendoim, nozes, soja, trigo, peixes e frutos do mar) nos pacientes com predisposição genética.
- Consumo de alimentos industrializados (processados).
Como são diagnosticadas as alergias?
Se você apresenta fatores de risco para alergia ou sintomas recorrentes, como espirros frequentes, congestionamento nasal; coceira nos olhos, na garganta ou no nariz; tosse crônica, cansaço e chiado no peito; diarreia, náusea ou vômitos recorrentes e persistentes; vermelhidão, coceira ou inchaço na pele, é importante buscar auxílio médico para diagnóstico e tratamento.
Na consulta com o alergologista, o especialista avaliará seu histórico médico, sintomas apresentados, histórico familiar e, possivelmente, solicitará alguns exames para descartar outras alternativas ou confirmar o diagnóstico de alergia – como exame de sangue, teste cutâneo de alergia ou, até mesmo, teste de função pulmonar.
Se você suspeita que apresenta fatores de risco para alergia, marque uma consulta com um médico alergologista.