Há estimativas de que os processos alérgicos atinjam até 20% da população mundial. De fato, como vimos aqui no blog, os casos de alergia estão cada vez mais comuns e impactam no bem-estar e na qualidade de vida de muitas pessoas. Será que isso ocorre por que alergia é um problema genético? Há outros fatores envolvidos na manifestação da alergia?
No artigo de hoje, descubra mais sobre esse tema e tire sua dúvida se alergia é um problema genético. Acompanhe a seguir.
O que é alergia?
Em linhas gerais, alergia é uma reação exagerada do sistema imunológico a determinado elemento que, via de regra, não apresenta o mesmo efeito na maioria das pessoas – como pelo de animais, proteínas do leite, ácaros da poeira, venenos de insetos, medicamentos, entre diversos outros.
Ocorre que, nesses organismos sensibilizados, o sistema imunológico percebe tais elementos que seriam inofensivos como invasores (estranhos) e, com isso, apresenta uma reação exagerada (hipersensibilidade) que é caracterizada por diversos sintomas, que variam conforme a alergia em questão.
Afinal, alergia é um problema genético?
Apesar do fato de que muitos quadros de alergia terem relação com fatores ambientais e estilo de vida, pode-se considerar também que a alergia é um problema genético, já que a genética exerce um papel central nesses processos.
Isso não quer dizer que, via de regra, para manifestar uma alergia, precisa apenas haver o fator hereditariedade envolvido. Elementos como ácaros, poeira, látex, determinados alimentos, entre outros, atuam como alérgenos em determinados organismos.
Portanto, os quadros alérgicos realmente têm o componente genético como principal desencadeador, porém a sensibilidade relacionada a fatores ambientais, psicológicos, de modo de vida, entre outros, ou seja, os fatores externos (chamados de fatores ambientais), podem variar em freqüência e intensidade em diversos pacientes e locais do planeta.
Dessa forma, é importante saber que a genética aparece como elemento basal e necessário para a instalação desses quadros. Por isso é comum que haja um histórico familiar quando se investiga o caso de pacientes alérgicos.
De fato, há estudos que atestam que genes ligados ao sistema imunológico estão relacionados à ativação do processo alérgico nos indivíduos. Tais genes podem levar o sistema imunológico a ter uma reação exagerada a determinados elementos que seriam inofensivos, o que desencadeia as reações alérgicas. Há outros estudos que indicam que determinados genes também mantêm relação com a manifestação de alergia alimentar, asma e dermatite atópica.
Alergia é um problema genético que pode ser previsto com precisão?
Apesar dos diversos avanços na compreensão desse problema, ainda não é possível antever de modo preciso se determinado indivíduo desenvolverá ou não alergias. Atualmente, já é possível detectar grupos de risco e pessoas mais propensas à manifestação de quadros alérgicos.
Por exemplo, há estudos que indicam que quando um dos pais é alérgico, a possibilidade de seus filhos apresentarem tal problema pode ser de até 40%. E quando ambos os pais são alérgicos esse percentual eleva-se para 80%. No entanto, hoje ainda se trabalha com probabilidades, não há certeza definitiva de que os filhos apresentarão exatamente o mesmo quadro.
Desse modo, podemos dizer que a alergia depende de uma predisposição genética, aliada a uma exposição a fatores externos, do ambiente.
E então, ficou mais claro para você o papel da genética na manifestação de quadros de alergia? Ficou com alguma dúvida sobre o tema? Deixe sua mensagem nos comentários!