Alergia alimentar: comer fora de casa é possível?

Quem sofre com alergia alimentar sabe que os grandes desafios dessa condição giram em torno da mudança de hábitos, de cardápio e da aceitação da sociedade. Esse processo se torna ainda mais desafiador quando é necessário se alimentar fora de casa.

Afinal, como fazer uma refeição na rua, sem correr riscos? A gente preparou algumas dicas para você não prejudicar a sua saúde, mas sem ter que abdicar desses momentos prazerosos.

A alergia alimentar

A alergia alimentar é uma reação exagerada do sistema imunológico após o consumo de um determinado alimento ou ingrediente nele contido. A reação ocorre quando o corpo identifica uma substância como ameaça e, assim, dá início a uma resposta imune para combatê-la.

O problema atinge cerca de 8% das crianças e 3% dos adultos. A predisposição genética ainda é o principal fator de risco para o surgimento da doença – em 50% dos casos de pacientes com alergia alimentar, foi identificado histórico familiar de alergia.

Entre os alimentos que mais causam alergia alimentar, podemos destacar frutos do mar, leite de vaca, soja, ovo, amendoim, castanhas e trigo.

Ainda não foi desenvolvido uma medicação ou procedimento capaz de curar de modo definitivo a alergia alimentar. Por isso, boa parte do tratamento consiste em cortar da dieta os alimentos que causam reações adversas. Ainda assim, o uso de determinados remédios não é descartado para amenizar os sintomas ou controlar as crises, desde que essa seja uma orientação médica.

Alergia alimentar e as refeições fora de casa

É claro que as pessoas que possuem dietas restritivas têm mais dificuldade para se alimentar fora de casa, mas, tendo os devidos cuidados e atenção, é possível frequentar restaurantes ou fazer um lanche na rua. Para isso, siga as dicas a seguir.

1. Pesquisar antes de sair

Nada de decidir na hora, é preciso se planejar antes de sair para fazer uma refeição fora de casa. Estude o restaurante, cheque o menu e avalie se há opções de pratos adequadas para sua dieta. A internet pode ser uma grande aliada nesse momento, já que muitos restaurantes disponibilizam seu cardápio no site ou redes sociais.

Dica: opte pelos estabelecimentos que possuem cardápio separado para dietas sem glúten, lactose, ovo, etc.

2. Verifique a disponibilidade de restaurantes com ambientes separados

Apesar de, no Brasil, poucos estabelecimentos oferecerem esse recurso, em determinadas capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, alguns restaurantes possuem ambientes separados para pessoas alérgicas.

Esse cuidado ajuda a evitar que ocorra a contaminação cruzada, que acontece quando uma substância alergênica entra em contato indiretamente com a pessoa. Por exemplo: se o cozinheiro cortar o pão francês com uma faca e utilizar essa mesma faca para preparar uma receita que não contém glúten, indiretamente, mesmo sem consumir o pão, o cliente pode sofrer consequências devido à contaminação durante o manuseio.

3. Informe ao restaurante suas restrições

Para que não ocorra a contaminação cruzada ou outros problemas durante a refeição, é válido informar previamente o restaurante sobre suas condições de saúde. Informe sobre suas restrições e certifique-se de que todos os envolvidos no processo, cozinheiro, garçons, etc., estejam a par da situação.

4. Evite horários de picos

Os restaurantes costumam ficar lotados em horários tradicionais de almoço e jantar. Nesses períodos, a equipe é mais pressionada para atender rapidamente às necessidades dos clientes.

Evitar frequentar os estabelecimentos em horários de alta demanda é a melhor saída para evitar um esquecimento do cozinheiro e demais envolvidos.

5. Prefira o simples

Na dúvida sobre os ingredientes e componentes do prato, prefira aqueles mais simples e com menos condimentos, temperos e molhos.

6. Evite self-services

Em buffet, restaurante self-service e carrinhos de rua, ainda que possuam pratos sem os ingredientes que possam prejudicar a sua saúde, é extremamente comum acontecer a contaminação cruzada, devido à proximidade dos pratos, ao compartilhamento de talheres para servir a comida, entre outros fatores.

7. Seja prevenido

Por fim, a dica é: seja prevenido! Tenha sempre em mãos os recursos necessários para higienizar a mesa, assim como talheres e outros descartáveis. Não se esqueça de carregar, também, os medicamentos necessários para controlar uma possível crise alimentar.

Continue acompanhando o nosso blog e receba mais dicas de como evitar crises alérgicas e ter mais qualidade de vida. Até a próxima.

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