Tosse, falta de ar, pressão no tórax e respiração ruidosa. Você já sentiu algum desses sintomas no trabalho? Isso pode ser asma relacionada ao trabalho. Essa condição engloba a asma ocupacional, que é a doença ocupacional propriamente dita, e a asma agravada pelo trabalho, que é a asma já existente mas que piora com as exposições no ambiente de trabalho.
A asma ocupacional então é a obstrução reversível a passagem de ar pelos brônquios, de modo que eles também ficam hipersensíveis ao estímulos. Essa enfermidade é resultante da exposição do trabalhador a materiais diversos presentes no ambiente de trabalho, como metais, tintas, cosméticos, látex, serragem, pó de cedro, fumaça, gases, vapores, poeiras, entre outros.
A asma ocupacional é referida desde a antiguidade como “asma dos padeiros”, já que os escravos romanos que exerciam essa ocupação ou a de moleiros usavam máscaras e luvas quando em contato com a farinha.
Esse tipo de asma é um problema de extensão global que deve ser acompanhado de perto pois, com o surgimento de novas substâncias e o crescimento constante da indústria, a tendência é que ela atinja um número maior de pessoas.
A asma relacionada ao trabalho pode piorar a qualidade de vida, além de aumentar o número de afastamentos no trabalho, trazendo prejuízos tanto para o trabalhador quanto para a empresa. Esse distúrbio respiratório pode acometer uma pessoa que até então não tinha alergias, ou agravar uma asma preexistente, como já dissemos.
Pensando nisso, o artigo de hoje traz um pouco mais de informações sobre a asma ocupacional, bem como algumas precauções que podem ser tomadas para manter esse problema longe de você. Acompanhe a seguir.
Afinal, o que é asma ocupacional?
A asma ocupacional é uma doença pulmonar causada por irritantes diretos, fatores farmacológicos e desencadeantes alérgicos. Atualmente, mais de 250 agentes podem desencadear essa sensibilização, como poeiras de grãos, fungos, substâncias químicas, pelo de animais, entre outros.
Estima-se que a asma ocupacional represente até 20% de todos os casos de asma nos países industrializados. Ela atinge as mais variadas profissões e segmentos, como o de veterinários, padeiros, cabeleireiros e soldadores. Além disso, é uma condição comum entre os profissionais das indústrias alimentares, farmacêutica, têxtil e da limpeza.
Quais são os sintomas da asma ocupacional?
Os principais sintomas desse distúrbio respiratório são tosse, chiado, falta de ar e sensação de pressão no peito. Além disso, alguns profissionais podem sofrer com sintomas relacionados a outras doenças relacionadas ao trabalho, como rinites e conjuntivites, com irritação nos olhos, nariz entupido e coriza.
Os sintomas podem ocorrer durante o horário de trabalho, mas, não raramente, começam algumas horas após o término da exposição. É comum que os trabalhadores que são expostos às substâncias durante o dia apresentem esses sintomas à noite.
Os sintomas costumam desaparecer durante as férias e no fim de semana, por isso, a doença também é conhecida como “asma de segunda-feira”. A tendência é de que a condição se agrave com a exposição repetida e prolongada.
Como é o diagnóstico e o tratamento?
O primeiro passo do tratamento da asma ocupacional é o afastamento do trabalhador do agente provocador. Ou seja, o empregado deve evitar o componente alérgeno ou irritante, mudando de função ou de lugar na empresa. Além disso, pode ser ministrado o mesmo tratamento medicamentoso que é empregado para outras formas de asma, conforme orientação médica.
A asma ocupacional pode ser diagnosticada a partir da avaliação médica e da aplicação de testes de alergia de pele quando disponíveis e indicado e da prova de função pulmonar. A caracterização das asma ocupacional deve incluir o seu diagnóstico e o estabelecimento da relação com o trabalho.
Para prevenir a doença, é preciso fazer uso de equipamentos de proteção individual, como luvas sem látex e máscaras com filtros, além de investir em ventilação, processos de isolamento e em higiene ambiental.
Caso você identifique sintomas que possam indicar asma ocupacional, procure um especialista para o melhor tratamento.
E então, você já conhecia a asma ocupacional? Ficou com alguma dúvida sobre o tema? Deixe sua mensagem nos comentários ou entre em contato conosco. Até a próxima!