Dermatite atópica em 10 perguntas e respostas

A dermatite atópica é um dos tipos de doença crônica da pele mais comuns, atingindo, conforme dados da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), até 7% da população adulta e 25% do público infantil no país.

No entanto, apesar de sua grande incidência e de seu potencial debilitante quando não tratada, muitas dúvidas pairam sobre essa condição.

Pensando nisso, preparamos este artigo com 10 questões importantes para você compreender melhor a dermatite atópica. Acompanhe e tire suas dúvidas.

1. O que é dermatite atópica?

Também conhecida como eczema atópico, trata-se de uma doença inflamatória cutânea crônica que se manifesta com maior incidência entre os indivíduos que já apresentam outros problemas alérgicos.

Ela afeta as camadas da pele, a deixando ressecada e provocando coceira, manchas avermelhadas, descamação, inchaço e erupções, as lesões que chamamos de eczemas. Suas manifestações, geralmente, se dão mais nos joelhos, cotovelos, pescoço, nas axilas, nas mãos e na área do rosto, e em formas mais graves pode acometer toda a pele do corpo.

2. Qual é a causa da dermatite atópica?

É uma doença multifatorial, onde diversos componentes contribuem para seu surgimento e crises. Assim, é conseqüência da combinação de fatores genéticos (hereditários) predisponentes mais fatores ambientais e/ou exacerbantes, tais como agentes agressores da pele, poluição, produtos químicos, contato com alérgenos como ácaros e fungos, e agentes infecciosos como certas bactérias e vírus, etc. Os pacientes com dermatite atópica apresentam alterações no sistema imunológico, principalmente nas camadas da pele, assim como disfunção de certos componentes, como proteínas e lipídeos.

3. O que pode estimular uma manifestação de dermatite atópica?

Fatores ambientais estão entre os grandes causadores. Desse modo, o contato com ácaros, poeira, mofo, poluição, cosméticos com perfume, produtos químicos com odor forte, entre outros, pode piorar o quadro e levar a crises. Ainda, fatores de cunho emocional, como a ansiedade e o estresse, também podem atuar como gatilhos para o surgimento e o agravo dos sintomas. Infecções por algumas bactérias, fungos e vírus também agravam a doença.

4. Essa condição é contagiosa?

Não. Como vimos, a dermatite atópica tem relação com outros fatores, como a genética e o contato com substâncias alérgenas e/ou irritantes. Sendo assim, mesmo que você toque em alguém que apresente manchas ou erupções na pele em decorrência desse quadro, esse acontecimento não é de risco para contrair a dermatite.

5. É comum que crianças tenham dermatite atópica?

Sim, essa é uma condição comum na infância. Por isso, as crianças estão entre os principais grupos de risco da dermatite atópica. Como nessa etapa da vida o sistema ainda está se desenvolvendo, ele se mostra mais fragilizado e propenso à ação de patologias – cenário favorável para a manifestação da dermatite atópica.

6. O aleitamento materno pode ajudar a evitar dermatite atópica no bebê?

Há diversos estudos que comprovam os benefícios trazidos pelo aleitamento materno, e, entre esses, o fortalecimento do sistema contra patologias infecciosas.

O aleitamento materno prolongado mostrou um efeito protetor sobre o aparecimento de dermatite atópica em alguns estudos.

7. Essa é uma doença curável?

Infelizmente, essa é uma condição crônica – que não apresenta uma cura. Na verdade, ela geralmente tem caráter recorrente, apresentando momentos de crise ao longo do tempo.

A boa notícia é que é possível controlar seus sintomas, e que há mesmo casos nos quais a patologia pode entrar em remissão – é comum que, muitas vezes, ela comece e termine na infância.

8. Como é o tratamento para dermatite atópica?

O tratamento é realizado visando melhorar a qualidade de vida de quem apresenta essa condição. Por isso, o primeiro passo e o mais importante do tratamento é a hidratação adequada da pele, associada ao controle da coceira.

Assim, o tratamento inicial é comumente feito por meio da aplicação de hidratantes específicos, do uso de pomadas e cremes para tratamentos das lesões, uso de sabonetes especiais e administração de alguns anti-alérgicos, com o intuito de minimizar o ressecamento e a inflamação da pele. Há situações em que a fototerapia também pode se fazer necessária.

9. Se não tratada, quais tipos de problemas a dermatite atópica pode gerar?

Como em outras doenças, se não houver administração do quadro, a dermatite atópica poderá desencadear outros problemas de saúde e incômodos ao bem-estar do paciente. Pode-se destacar, problemas do sono e infecções.

Além disso, a coceira pode prejudicar a produtividade do indivíduo e o sono. A doença grave ou não tratada pode acarretar problemas de autoestima, depressão e redução do convívio social.

10. Quais são as boas práticas para conviver melhor com a doença?

É importante manter a pele sempre bem hidratada, evitar banhos longos e quentes, preferir roupas leves, evitar tecidos sintéticos, fazer o controle ambiental da residência (dando atenção à eliminação de ácaros, poeira e pelos de animais), trocar a roupa de cama com frequência e higienizá-la com água quente e exposição solar e ter uma alimentação saudável (evitando alimentos industrializados, com corantes e conservantes). Usar as medicações de forma correta, principalmente o uso dos hidratantes específicos. Outras indicações mais específicas deverão ser recomendadas por seu médico.

Se você suspeita que tem dermatite atópica, procure um médico para diagnóstico e tratamento. Os especialistas da Alergo Imuno estão à sua disposição, entre em contato conosco. Até a próxima!

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