Quimioterápicos podem causar alergia?

Os quimioterápicos são compostos químicos utilizados na quimioterapia para o tratamento de doenças causadas por agentes biológicos.Quando aplicada ao câncer a quimioterapia é chamada de antineoplásica. No entanto, apesar dessa funcionalidade, muitas pessoas têm dúvidas se os quimioterápicos podem causar alergia.

O fato é que, dependendo do organismo em questão, os quimioterápicos podem causar alergia e, por isso é preciso ficar atento para não comprometer o sistema imunológico que, devido à doença, já está fragilizado.

A seguir, compreenda melhor porque e em que casos os quimioterápicos podem causar alergia. Acompanhe.

Por que quimioterápicos podem causar alergia?

Os medicamentos quimioterápicos são liberados mais rapidamente para o mercado, se comparado aos demais remédios, devido à urgência demandada nesse tipo de tratamento. Nesse caso, nem todas as reações são, então, conhecidas. E muitas reações apenas são realmente representadas e conhecidas quando o uso das medicações em escala geral pela população, em tratamentos do dia a dia na vida real.

A quantidade de remédios quimioterápicos também é ampla – há diversos tipos para o tratamento do câncer, que podem ser utilizados isoladamente ou em combinação com outras abordagens. Isso significa que eles apresentam diferentes composições químicas e, consequentemente, distintos efeitos colaterais. Também a associação de diversas medicações, que ocorre nesses pacientes com câncer, facilita o surgimento de reações pelas interações medicamentosas.

A maioria das reações adversas se devem a efeitos secundários, reações infunsionais e intolerância gastrointestinal. Mas reações alérgicas também ocorrem e o percentual de pessoas que desenvolvem alergia varia de acordo com o tratamento. No caso das platinas, tratamento padrão de primeira linha, utilizado na maioria dos pacientes com câncer de mama, ovário e intestino, o índice, conforme a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), pode chegar a 20%- o que significa que um em cada cinco pacientes desenvolverá alergia.

Isso porque, após o tratamento com quimioterapia, o corpo pode ficar mais propenso a desenvolver alergia. Essa sensibilidade é explicada devido ao processo de recuperação da imunidade a esse tipo de condição, e ocorre mais comumente em crianças – visto que seu sistema imunológico ainda é imaturo.

Tudo isso gera um quadro que merece atenção: estudos indicam que reações alérgicas aos quimioterápicos, entre as reações alérgicas a medicamentos, já é a terceira causa de morte nos Estados Unidos.

Portanto, pessoas em processo de quimioterapia que apresentarem sintomas, como boca inchada, coceira e palmas das mãos avermelhadas devem procurar um médico para ter um diagnóstico sindrômico.

Dessensibilização: uma alternativa para dar continuidade ao tratamento

Os tratamentos de primeira linha são sempre os mais indicados para um paciente com câncer. Acontece que, se ele apresentar alguma reação alérgica, muitas vezes, o médico opta por substituir a medicação, o que pode causar problemas, inclusive colocar a vida do paciente em risco, por ser a segunda escolha algumas vezes menos eficaz ou com mais reações adversas.

É por isso que a dessensibilização surge como opção nesses casos. Trata-se de um processo que reintroduz o medicamento ao paciente, começando com doses menores até que chegue ao ponto de receber a dose total (terapêutica) do quimioterápico, sem necessitar recorrer para uma alternativa menos eficaz.

As reações alérgicas, muitas vezes, são confundidas com as próprias manifestações sintomáticas dos remédios, como por exemplo, diarreia e vômitos. Por isso, antes de alterar o tratamento ou tomar qualquer outra providência, é preciso ter certeza de que se está diante de um quadro alérgico, e, para isso é necessária a ajuda de um especialista no assunto.

Em casos de reações alérgicas comprovadas, o médico alergologista juntamente com o oncologista, deve encontrar a melhor solução. Muitas vezes, quando os benefícios da medicação forem maiores do que os riscos alérgicos, é indicada a dessensibilização. Mas nem todos os tipos de reações podem ser dessensibilizadas e o estado de dessensibilização é transitório, ou seja, a duração é de apenas alguns dias, não sendo permanente. é um procedimento que não é isento de riscos e deve ser feito apenas em centros de referência e com profissionais tecnicamente preparados e com experiência em realizar esse tipo de tratamento.

Ainda restam dúvidas se os quimioterápicos podem causar alergia? Deixe sua mensagem nos comentários ou entre em contato conosco. Até a próxima.

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