Anualmente, cerca de 44 mil emergências médicas acontecem em vôos em todo o mundo. As reações alérgicas representam em torno de 2% a 4% dos casos, e durante alguns anos consecutivos elas já figuraram entre as causas mais comuns de ocorrências em aviões, com destaque para a alergia alimentar. Os dados foram levantados no 44º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia ocorrido em 2017. Problemas respiratórios e reações a medicamentos também merecem destaque.
Neste artigo, compreenda melhor sobre os riscos envolvidos em uma viagem de avião para quem tem alergia alimentar.
Alergia alimentar
A alergia alimentar é uma reação do sistema imunológico a algum componente num determinado alimento.
Uma pequena porção ingerida, um toque na pele ou até mesmo partículas do alimento no ar podem desencadear crises alérgicas em pacientes extremamente sensíveis, que podem se manifestar por meio de sintomas como vermelhidão e coceira na pele, inchaço nos olhos, boca e na língua, nariz escorrendo (coriza) e espirros, enjoos e vômitos, tosse e falta de ar, até reações mais graves como edema de glote, anafilaxia e choque anafilático com risco de morte.
Mas como minimizar ou evitar os riscos de uma reação de alergia alimentar em uma viagem de avião?
Em primeiro lugar, o passageiro que tem doenças alérgicas deve passar por uma avaliação (consulta) com um médico alergologista. Esse é o profissional mais indicado para diagnosticar, tratar e realizar orientações a respeito da prevenção e diminuição dos riscos em doenças alérgicas.
O passageiro deve informar a companhia aérea suas restrições, baseadas nas recomendações do seu médico alergologista, e portar documento impresso com o que chamamos de “plano de ação”, ou seja, são medidas que devem ser tomadas e as medicações que podem ser feitas frente a ocorrência de uma reação alérgica.
O cardápio dos voos é praticamente padronizado, e o problema maior é que os alimentos comumente servidos, como amendoim, nozes e castanhas por exemplo, podem trazer riscos à saúde dos passageiros com restrições alimentares.
Assim, as companhias aéreas podem adotar certas normas e medidas para minimizar os riscos dessas reações, como:
- Educação dos passageiros sobre prevenção de doenças alérgicas;
- Identificar o paciente que tem o risco de reação;
- Treinar a tripulação de voo para prontamente reconhecer os sinais de reações alérgicas;
- Ter um plano de tratamento atualizado;
- Fornecer equipamentos e medicamentos necessários para o tratamento das reações;
- Evitar alérgenos alimentares mais envolvidos, como amendoim e castanhas;
- Recomendar que pacientes que tiveram reações a menos de uma semana que não voem e procurem atendimento médico para serem avaliados.
Se você tem alguma doença alérgica fique atento para não ter problemas e complicações em seus próximos voos. Quer saber mais sobre essas doenças? Deixe o seu comentário, entre em contato com a nossa equipe e continue acompanhando as atualizações do nosso blog. Até a próxima!