Vacina da gripe e alergia.

A vacina da gripe é muito importante para auxiliar na prevenção de quadros gripais e suas formas graves causados por vírus do tipo influenza, em especial durante o inverno, que é o período no qual que esse tipo de ocorrência tende a aparecer mais acentuadamente. Os riscos da doença são maiores principalmente para os grupos para os quais a vacina é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, para os idosos, crianças de 6 meses até 6 anos, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias, gestantes, trabalhadores da área da saúde, entre outros públicos.

No entanto, o ato de se vacinar contra a gripe gera dúvidas entre a população: entre elas, se esse tratamento pode causar alergia. Isso ocorre pela falta de informação tecnicamente correta a respeito da vacina e de notícias falsas (as chamadas fake news) que se espalham rapidamente nessa época.

Entender que a vacina é segura e serve para evitar que a doença se espalhe e gere complicações, e até mortes na população, é fundamental para o sucesso das campanhas. Saiba mais sobre essas questões a seguir.

A importância da vacina da gripe

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a gripe deve, sim, ser levada bastante a sério. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença é responsável por 290 a 650 mil mortes por ano em conseqüência de doenças respiratórias relacionadas a influenza.

Ela pode acarretar desde sintomas mais brandos, como febre, dores no corpo, tosse seca, indisposição e falta de apetite, até quadros mais severos, com falta de ar, pneumonia e outras complicações mais graves, com risco de morte.

Por isso, é importante adotar métodos preventivos e, sobretudo para quem se enquadra nos grupos de risco, administrar a vacina da gripe. Na rede pública, esse recurso é oferecido para essa parte da população. Já quem não faz parte dela, pode encontrar a vacina em clínicas particulares.

Relação da vacina da gripe com a alergia ao ovo

As partículas de vírus presentes na vacina da gripe são cultivadas em fluídos de embriões de frango. Por isso, existe uma pequena quantidade de resíduos de ovoalbumina nela, um dos principais alérgenos do ovo.

Diversos estudos, ao logo dos anos, passaram a avaliar a quantidade dessa substância na vacina e, a partir dessas análises, a presença do ovo foi diminuindo consideravelmente, deixando a sua proteína quase nula.

Esse cenário, por anos, levou os especialistas a não recomendarem a vacinação para quem fosse alérgico ao ovo, mas hoje isso já mudou. Portanto, ainda que apresente uma dose pequena da proteína, a vacinação é recomendada mesmo aos alérgicos à substância. Essa indicação é ainda mais enfática quando se tratam de pessoas qualificadas nos grupos de risco.

Os estudos citados e o consequente avanço da tecnologia propiciaram que não haja mais a necessidade de teste cutâneo, tipo de exame que avalia a presença de alergias e alguns alérgenos, para a vacina da gripe em pessoas alérgicas ao ovo.

Se, por um lado, esse grupo não precisa fazer o teste, por outro, aqueles com histórico de reações adversas à própria vacina, tanto da gripe quanto da febre amarela, entre outras que podem estar ligadas a componentes da imunização, necessitam fazer o teste cutâneo com a vacina para não sofrer os efeitos de uma crise alérgica.

Em suma, a vacina da gripe, hoje em dia, é recomendada e segura mesmo para aquelas pessoas que têm alergia ao ovo. Para as que tem quadro mais grave de alergia as proteínas do ovo, recomenda-se vacinar e ficar em observação no local (serviço de saúde) por 30 minutos.

Reações comuns da vacina da gripe

As chances de efeitos adversos da vacina são bem pequenas. Quando ocorrem, as reações mais comuns são vermelhidão e dor no local. Em raros casos, dores de cabeça, febre, mal estar e dores musculares podem acontecer. Se surgirem, esses sintomas deverão desaparecer em, no máximo, uma a dois dias.

Há quem comente que, logo após tomar a vacina, ficou gripado. Na verdade, é importante saber que a vacina leva até 15 dias para surtir efeito, sendo assim, há a possibilidade de a pessoa ter contraído o vírus nesse meio tempo. Ainda, vale ressaltar que a vacina da gripe apresenta uma média de eficácia de 70% – isso é, em certos casos, o organismo não produzirá os anticorpos necessários para gerar a proteção, mesmo após a administração da vacina. Além do fato de que a vacina é para quadros de gripe, causados por vírus do tipo influenza, o que não evita que o paciente venha a apresentar outros quadros respiratórios virais também comuns nessa época do ano, como resfriados, que são causados por outros tipos de vírus, como o rinovírus, por exemplo.

E então, essa questão ficou mais clara para você? Ficou com alguma dúvida sobre o tema? Deixe sua mensagem nos comentários.

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