Picada de mosquito causa alergia?

Os mosquitos podem ser muito inconvenientes em nossa rotina. Além de outros problemas, o que muita gente não sabe é que a picada de mosquito causa alergia em determinadas pessoas e pode deixar o seu organismo bastante debilitado.

Neste artigo, entenda melhor porque a picada de mosquito causa alergia, quais são seus sintomas e como lidar com essa condição. Acompanhe.

Por que a picada de mosquito causa alergia?

Uma das reações mais comuns a picada de insetos é o chamado prurido estrófulo (ou urticária papular). Ela ocorre por uma reação de hipersensibilidade, em indivíduos sensíveis, as substâncias (antígenos) da saliva do inseto que pica. Qualquer inseto que pique pode provocar a reação, mas os mais comumente envolvidos são os mosquitos, as pulgas e os carrapatos. É uma reação mais comum em crianças, com início entre um e dois anos de idade e que pode perdurar até 7 e 10 anos, quando pode entrar em remissão (melhorar e desaparecer), mas em poucos casos, pode permanecer ou surgir mais tardiamente e afetar adolescentes e adultos.  

A identificação dessa alergia geralmente se dá após a ocorrência de diversas picadas. A consulta com um alergologista pode realizar esse diagnóstico, facilitando assim o controle e a manutenção da qualidade de vida.

Quais são os sintomas dessa alergia à picada de insetos?

É uma afecção de pele (dermatose) crônica e recidivante (que tem períodos de piora e melhora). Os sinais e sintomas tendem a se manifestar alguns dias após as picadas e podem durar algumas semanas, representando a intensidade desse tipo de reação. Dentre os principais apresentados pelos alérgicos, estão:

  • Inchaço e vermelhidão na pele (não somente na área da picada, como também em todo o membro atingido).
  • Muita coceira e ardência nos locais afetados.
  • Edemas intensificados e dor no local onde ocorreu a picada.
  • Ocorrência de secreção em algumas lesões e formação de bolhas.
  • Lesões (feridas) em outros locais, não somente restritas ao local da picada
  • Arranhões (escoriações) pelo ato de tentar aliviar tanta coceira.

Esses sintomas são bastante inconvenientes, inclusive porque – se não bem administrados – podem se estender por um longo período, prejudicando a qualidade de vida e o bem-estar dos alérgicos.

Os locais do corpo mais afetados são as áreas mais expostas, como os braços, pernas e o tronco (corpo), e raramente as lesões afetam o rosto (face), as palmas das mãos, plantas dos pés e a região da virilha.

Como tratar essa alergia causada pela picada de insetos?

Quando uma picada de inseto causa alergia, é preciso buscar tratamento adequado, a fim de que os sintomas sejam amenizados e a causa da ocorrência seja eliminada. O melhor tratamento deve ser recomendado por um médico, já que esse profissional pode avaliar o tipo de alergia, de pele e intensidade das reações.

O tratamento deve aliviar os sintomas do paciente e controlar a inflamação causada por esse tipo de reação nos pacientes sensíveis.

O uso de hidratantes com efeito cicatrizante e anti-coceira pode dar um certo alivio para algumas pessoas. A boa higienização do local é fundamental, eliminando sujeiras e a possibilidade de infecções serem desencadeadas.

E a base de tratamento mais importante é a aplicação nas feridas (lesões) de pomadas e cremes a base de corticóide e o uso de anti-alérgicos (anti-histamínicos) orais.

A indicação de antibióticos apenas é feita em poucos casos, quando ocorre infecção secundária.

Como evitar que a picada de insetos cause esse tipo de alergia?

A sabedoria popular está correta: a prevenção é sempre o melhor remédio. Por isso, incluir cuidados na rotina é a melhor alternativa para aqueles que sofrem desse tipo de alergia à picada de insetos.

Afinal, nesse caso, não há como eliminar a alergia, mas sim evitar o contato com os insetos que a desencadeiam – e, consequentemente, as suas picadas. Existem várias medidas que podem ser úteis para esse fim.

Pode-se combater as populações de insetos evitando manter locais com água parada e acúmulo de lixo. Também pelo uso de inseticidas. Pulgas e carrapatos podem ser evitados mantendo a higiene dos animais em dia, com vistas freqüente as condições de limpeza e higiene do mesmo e dos locais onde vivem.

Podemos utilizar as medidas que chamamos de meios de barreira, que visam impedir que o inseto consiga chegar até a pele do indivíduo, como o uso de telas em portas e janelas e vestimentas mais comprimidas e fechadas, com uso de mangas longas e calças compridas em locais de maior exposição aos insetos, como em áreas rurais. O uso de mosquiteiro também é uma alternativa na hora de dormir. Portas e janelas podem ser fechadas nos horários em que os insetos voadores mais picam, que são ao nascer e pôr do sol.

Outro ponto importante e a utilização de repelentes, onde temos opções para aplicação na pele, em roupas ou em telas. Eles formam uma camada de vapor com odor que afasta os insetos. Existem diversas opções no mercado, com deferentes substâncias e concentrações, que são importantes levando-se em consideração fatores com idade e gravidez no paciente, por exemplo. As recomendações para uso do fabricante e do profissional de saúde devem ser seguidas e respeitadas, pelo risco de poderem desencadear reações indesejáveis se usados de modo incorreto.

A picada de inseto pode ser muito mais inconveniente em organismos alérgicos, ocasionando mal-estar e queda de qualidade de vida. Por isso, aqueles que já estão cientes do efeito dessa ação em seu organismo devem investir em iniciativas de prevenção e cuidado. Evitar ao máximo o contato com insetos, bem como estar preparado para possíveis reações é essencial – afinal, a saúde está diretamente atrelada às rotinas e aos hábitos de vida.

E então, gostou do nosso post? Ainda tem mais alguma dúvida sobre o assunto? Escreva para a gente nos comentários e até a próxima.

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